• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade
    Nosso corpo administrativo é formado por profissionais graduados em áreas pontuais. Este fator minimiza gastos administrativos de nosso empreendimento.

    Entenda como fazemos...

Notícia

Móveis terão redução permanente de imposto

Em vez de voltar às alíquotas anteriores – que variavam de 5% a 10% –, a decisão iguala a taxação sobre todos os itens da categoria em 5% a partir de abril.

Fonte: Gazeta do PovoTags: impostos

A poucos dias do fim da isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para móveis e placas de madeira, o governo anunciou simplificação da incidência do tributo sobre essas mercadorias. Em vez de voltar às alíquotas anteriores – que variavam de 5% a 10% –, a decisão iguala a taxação sobre todos os itens da categoria em 5% a partir de abril.

A desoneração do setor moveleiro foi uma das últimas medidas anticíclicas tomadas pela equipe econômica para amenizar os efeitos da crise financeira internacional. Em vigor desde dezembro do ano passado, a medida vai vigorar até o próximo dia 31, quando o decreto com a uniformização das alíquotas deverá ser publicado.

Entre os itens beneficiados pela recomposição parcial – porém definitiva – do IPI, estão móveis estofados e placas laminadas de madeira, que antes do período de isenção eram taxados em 10%. A Receita calcula que a nova medida resultará em renúncia fiscal de R$ 34,88 milhões por mês. De dezembro a março, com o corte total de IPI para o setor, o governo deixou de arrecadar R$ 217 milhões.

A redução do IPI para o setor sempre foi uma reivindicação de empresários paranaenses, principalmente do polo produtor de Arapongas, no Norte do estado. Em abril do ano passado, eles se organizaram para pedir o benefício. A primeira medida adotada pelo lobby foi entregar uma carta ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Sete meses depois, o governo anunciou o corte no imposto para o setor.

Para o diretor do Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima), Silvio Luiz Pinetti, a mudança repara um erro que prejudicava as fábricas moveleiras, uma vez que as alíquotas eram diferentes para algumas categorias de produtos. “Com a equiparação, o governo com certeza vai arrecadar mais e, para o setor, é muito melhor.” Para a cadeia produtiva, a medida deve significar uma recuperação do nível de emprego. Segundo o Sima, ao longo da última década, a indústria de estofados do Paraná reduziu em até 58% o seu quadro de funcionários. A mudança das alíquotas, acredita o diretor, deve permitir que a indústria local consiga ampliar sua área de atuação.

Recuperação

De acordo com o presidente da Associação Brasileira das In­­dústrias do Mobiliário (Abi­movel), José Luiz Diaz Fernandez, as vendas entre dezembro e fevereiro – quando o setor esteve isento de IPI – foram 14% superiores às registradas no período anterior equivalente. Além disso, a capacidade ociosa verificada nas fábricas caiu à metade, de 30% para 15%.

Apesar das férias coletivas concedidas no fim do ano por boa parte das 17 mil empresas do setor, a medida teria evitado novas dispensas, afirma a Abimovel. “Está­vamos vislumbrando demissões, mas tivemos até mesmo contratações”, disse Fernandez.

Consumidor

A simplificação das alíquotas era um pleito antigo de fabricantes e varejistas, mas o retorno da cobrança – ainda que em um patamar menor – pode fazer com que os preços finais das mercadorias acabem ficando maiores que os praticados antes da desoneração. Isso deve acontecer porque a madeira, principal matéria-prima do setor, ficou mais cara em janeiro, o que até agora era compensado pela isenção de IPI.