• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade
    Nosso corpo administrativo é formado por profissionais graduados em áreas pontuais. Este fator minimiza gastos administrativos de nosso empreendimento.

    Entenda como fazemos...

Notícia

Inflação indica estabilidadeInflação indica estabilidade

Há alguns fatores que precisam ser relevados antes de se diagnosticar o movimento da economia baseando-se na pressão dos preços.

Autor: Renato Carbonari IbelliFonte: Diário do Comércio

A economia dá sinais de que entrará em um período de acomodação no segundo semestre. Pelo menos é para essa direção que apontam alguns dos principais indicadores de inflação. O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registra desaceleração desde maio. Não foi diferente ontem, quando a instituição apresentou o resultado de julho – evidenciando variação de 0,22%, ante os 0,34% de junho (veja texto ao lado).

Para Salomão Quadros, economista da FGV responsável pela divulgação do IGP-DI, a estabilização dos preços dos bens de consumo registrada nos últimos meses pode ser considerada um bom indício da acomodação da economia. Medido pelo IGP-DI, o preço do refrigerador, por exemplo, permaneceu estável tanto em julho quanto no mês anterior. No caso de automóveis, a variação foi mínima em julho, de 0,06%, e de 0,11% em junho. "A economia aparenta aquecimento, mas os preços dos bens de consumo não aumentam. Isso pode sinalizar acomodação", disse Quadros.

Há alguns fatores que precisam ser relevados antes de se diagnosticar o movimento da economia baseando-se na pressão dos preços. Isso porque há uma tendência natural de arrefecimento da inflação no segundo semestre.

Mas o economista apontou alguns fatores que podem levar a economia para um patamar de acomodação. Se destacam a  desaceleração dos preços de commodities, em especial do petróleo e de metais, e também o recuo no custo dos alimentos, item considerado uma das principais fontes de pressão nos preços ao longo do primeiro semestre.

Alimentos – Antônio Evaldo Comune, coordenador do Índice de Preço ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), destaca o grupo de Alimentos como um dos principais responsáveis pela desaceleração da inflação nos últimos meses. O IPC-Fipe registrou variação negativa de 0,4% nos alimentos em julho – bem abaixo da média mensal do ano, que foi positiva em 0,5%.

Os alimentos in natura pressionaram a inflação no início do ano. Ocorreu que o excesso de chuva prejudicou as safras, e chegou a faltar produtos, como o tomate. Mas essa situação veio se normalizando nos meses seguintes. O índice da Fipe mede a inflação na cidade de São Paulo que, pelo tamanho de seu mercado de consumo, pode indicar tendências para a economia brasileira.

Embora os preços dos alimentos tenham recuado desde o início do ano, Comune acredita em leves altas no segundo semestre, por variações de preços no mercado internacional, o que pressionaria um pouco a inflação. "Espero que ela seja levemente positiva ao longo do segundo semestre, puxada por alimentos. O IPC deve variar a uma média de 0,3% mês a mês até o final do ano, quando o índice deve fechar 2010 em 4,9%", projetou.