• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade
    Nosso corpo administrativo é formado por profissionais graduados em áreas pontuais. Este fator minimiza gastos administrativos de nosso empreendimento.

    Entenda como fazemos...

Notícia

Para empreendedores de primeira viagem

Determinado que estava, arregaçou as mangas, venceu os obstáculos iniciais e fundou sua empresa de logística em 2006.

Autor: Marinete VelosoFonte: Valor Econômico

Quando o analista de sistemas Maurício Cardoso Júnior decidiu montar uma empresa, impressionou-se com a quantidade de informações e procedimentos que precisou processar. Determinado que estava, arregaçou as mangas, venceu os obstáculos iniciais e fundou sua empresa de logística em 2006.

Segundo Cardoso, criar e gerir uma empresa, vê-la dar os primeiros passos e crescer com saúde e vigor, é uma das melhores sensações que um profissional pode conquistar na vida. "Por vezes, a satisfação vem justamente da superação de momentos difíceis. Mas é preciso coragem e persistência."

Apropriando-se do termo usado para a classificação dos remédios, Cardoso diz que há também um "genérico" para as empresas. Estão aí agrupadas as questões em que todas as empresas são parecidas, como as trabalhistas, contábeis, legais e tributárias.

"Isso tudo se resolve com um bom escritório de contabilidade", afirma. Cardoso dá especial atenção à figura do contador. "A cada dia valorizo mais esse profissional. O contador deve funcionar como um consultor, orientando o empreendedor pelo emaranhado de regras da burocracia. Mas deve ser um contador que tenha as respostas na ponta da língua, fazendo um atendimento ágil e eficiente."

Afora o "genérico" das empresas, há os aspectos peculiares à atividade e estes são os mais complexos. O empreendedor, por exemplo, precisa se preparar muito para entender o ramo de negócio em que pretende atuar. Questões aparentemente simples, como gostar do tipo de atividade escolhida, são decisivas. Também é preciso saber dimensionar a clientela e os concorrentes. "É comum vermos empreendimentos do mesmo setor, localizados lado a lado, com resultados opostos."

Um erro comum do empreendedor provém da própria trajetória de vida, de seu grau de autoconhecimento e de suas habilidades. Um exemplo: a pessoa se entusiasma com a padaria que frequenta e que faz o maior sucesso. Observa o proprietário, aquele sujeito simples, com bem menos escolaridade do que ele e deduz: "Se ele consegue, para mim será fácil".

Errado, observa Cardoso. A escolaridade ajuda, proporciona bases administrativas sólidas, mas, se essa pessoa não for dotada de tino para o negócio, este não deslancha. "A situação ideal é formação acadêmica associada ao tino comercial."

O livro de Cardoso é um passo a passo sobre como criar uma empresa, com recomendações sobre os aspectos que o empreendedor deverá trabalhar para fazê-la crescer. Orienta como fazer um plano de negócios; como estabelecer metas; como compor os preços; como fidelizar clientes; e onde encontrar informações para manter-se atualizado no dia a dia.

Dedica um capítulo à tributação. Explica as diferenças entre as modalidades, como sa do Super Simples, lucro presumido e lucro real. Trata da questão de ter ou não sócios, suas vantagens e desvantagens. Analisa temas relativos aos recursos humanos, como questões trabalhistas e gestão de pessoas, aí incluídas as aspirações e motivações dos funcionários, possibilidades e limitações deles. Tudo de forma sucinta e objetiva.

Simplicidade, pondera Cardoso, é fundamental. "Simplificar significa obter o resultado desejado com o menor uso possível de tempo e recursos, e deve ser o objetivo diário do empreendedor." Mas é um processo que dá trabalho, diz.

Um exemplo de onde esse princípio pode ser aplicado é no item reuniões. Cardoso fez as contas: uma reunião de duas horas com dez participantes custa quase o dobro de uma reunião de hora e meia com sete participantes. São 1.200 minutos de trabalho no primeiro caso, contra 630 minutos no segundo.

Reduzindo o número de pessoas em 30% e o tempo gasto em 25%, a economia chega a 50%. Sua recomendação é, pois, simplificar as reuniões, determinando o tempo de duração e o menor número de participantes possível.

Para Luiz Barretto, presidente do Sebrae Nacional, que assina a contracapa do livro, Cardoso mostra um retrato bastante realista do que o candidato a empreendedor vai encontrar ao se lançar no mundo dos negócios.

"Ele não traz respostas prontas, mas sim perguntas, para que o empreendedor reflita e tome decisões conscientes. São dicas essenciais para orientar os empreendedores e colocá-los no caminho certo da profissionalização da gestão, não importa qual seja o tamanho da empresa."

 

"Por Conta Própria - Construindo uma Empresa a Partir do Zero"
Maurício Cardoso Jr. Editora: Nobel. 130 págs., R$ 30,00