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Notícia

Brasil terá uma recuperação gradual da economia, diz ministro da Fazenda

Mantega disse que mundo está passando por uma "transição dolorosa" após a crise de 2008

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou no final da manhã desta quarta-feira (14) que "a vida não tem sido fácil" para as economias de modo geral e que não se sai com facilidade de uma crise como a que ocorreu nos últimos anos. Mesmo assim, segundo o ministro, a crise está sendo superada.

"Talvez 2013 tenha sido o ano da virada", disse Mantega logo no início de seu discurso na Câmara dos Deputados, onde será questionado sobre a polêmica compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras, entre outros assuntos.

— Eu posso dizer que as perspectivas para a economia brasileira são de uma melhora gradual da nossa economia nos próximos anos. A começar em 2013, em sintonia com a recuperação da economia mundial.

Mantega lembrou que, nos últimos cinco anos, a economia mundial foi acometida pela maior crise do capitalismo dos últimos 80 anos.

— A boa notícia é que podemos dizer que a crise já está sendo superada. Mas da superação da crise até conseguirmos implantar um novo ciclo de crescimento é uma transição dolorosa para todos os países envolvidos nisso.

O ministro apresentou aos parlamentares um mapa com o desempenho da economia mundial em 2013 e disse que, mesmo os Estados Unidos, que estão voltando a crescer, tiveram um avanço de apenas 1,9%. Além disso, Mantega disse que parte dos países europeus ainda registraram crescimento negativo.

— Os países emergentes também sofreram o resultado desta atrofia da economia internacional e temos visto países dinâmicos como a China desacelerando seu crescimento.

Mantega citou o crescimento de 2,3% da economia brasileira no ano passado, mas lembrou que, até o fim deste mês, o País terá "novo PIB" para o ano passado, dado que o IBGE revisou o resultado da produção industrial de 2013.

— Isso vai alterar o desempenho do PIB, mas não sabemos ainda para quanto vamos.

O ministro afirmou que o governo prevê para 2014 um crescimento semelhante ao do ano passado, diferente, portanto, do que prevê o FMI.