• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade
    Nosso corpo administrativo é formado por profissionais graduados em áreas pontuais. Este fator minimiza gastos administrativos de nosso empreendimento.

    Entenda como fazemos...

Notícia

Projeto isenta startups de impostos por dois anos

Novo regime tributário beneficiaria empresas com receita bruta trimestral de até R$ 30 mil

Está em análise na Câmara dos Deputados a proposta que cria o Sistema de Tratamento Especial a Novas Empresas de Tecnologia (Sistenet), um regime tributário diferenciado para novas empresas de tecnologia das áreas de informática e internet, chamadas de startups. Pelo Projeto de Lei 6625/2013, que teve origem no Senado, essas empresas ficariam isentas de impostos federais por dois anos, prorrogáveis por mais dois, desde que tenham receita bruta trimestral de até R$ 30 mil e no máximo quatro funcionários. 

Pelo projeto, as startups passíveis de contar com a isenção são as que se dedicam à prestação de serviços e à produção de bens em cinco áreas (ver info). Rafael Tortato, coordenador estadual do Projeto Startup do Sebrae/PR, vê o benefício tributário como fundamental para viabilizar a formalização dessas empresas, que têm base tecnológica e potencial para crescer rapidamente. "Exatamente por ser algo inovador, elas trabalham em um ambiente de extrema incerteza; por ser uma empresa iniciante, ela precisa muito de benefícios nesse estágio inicial", defende Tortato. 

Ele explica que as startups trazem consigo o conceito "customer development", que prega o desenvolvimento do produto junto com o cliente, realizando testes para fazer os ajustes necessários. "Outro conceito que faz parte é o de startup ‘enxuta’, que sempre vai construindo estruturas mínimas, fazendo esses ajustes e validações, e essa questão de isenção é fundamental nesse momento de testes", explica. 

O limite de receita e o período de adesão previstos pelo Sistenet são considerados apropriados pelo presidente do Sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e de Serviços Contábeis de Londrina (Sescap-Ldr), Jaime Junior Cardozo. Para ele, o projeto respeita as caraterísticas próprias das startups, que começam com uma grande ideia e precisam de tempo para buscar investidores que viabilizem seus produtos. 

"Eu não tenho a menor dúvida de que é um grande passo, porque temos que pensar não somente na arrecadação de impostos, mas no crescimento da massa salarial e no número de colaboradores no setor de tecnologia", aponta. Na opinião de Cardozo, a maioria das empresas deixaria o benefício fiscal assim que conseguisse investidores, "porque ultrapassariam rapidamente o limite de faturamento". 

Para ele, a criação de um novo regime tributário atende à necessidade desse setor específico, uma vez que outras figuras existentes, como o Microempreendedor Individual (MEI) são muito limitadas. "Os moldes do MEI impediriam o progresso financeiro dessas startups", expõe. 

De acordo com o projeto, passados dois anos da adesão ao Sistenet, a empresa beneficiada terá a opção de migrar para o Supersimples Nacional ou prorrogar sua inclusão no sistema especial, caso ainda se enquadre nas condições. Aprovado pelas comissões competentes no Senado, o projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara, ainda sem data prevista.