• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade
    Nosso corpo administrativo é formado por profissionais graduados em áreas pontuais. Este fator minimiza gastos administrativos de nosso empreendimento.

    Entenda como fazemos...

Notícia

Dólar abre em forte baixa com melhora na nota de crédito do Brasil

No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 0,31%, cotada a R$ 5,4640. Já o principal índice de ações da bolsa fechou em alta de 0,51%, aos 132.495 pontos.

O dólar abriu em forte baixa nesta quarta-feira (02) após a agência de classificação de risco Moody's elevar a nota de crédito do Brasil, com perspectivas positivas que podem levar o país ao chamado "grau de investimento".

Veja abaixo o resumo dos mercados.

MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo
DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda?

Dólar
Às 09h, o dólar caía 1,04%, cotado a R$ 5,4070. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda subiu 0,31%, cotada a R$ 5,4640.

Com o resultado, acumulou:

alta de 0,51% na semana;
avanço de 0,31% no mês;
ganho de 12,60% no ano.

Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.

Na véspera, o índice subiu 0,51%, aos 132.495 pontos.

Com o resultado, acumulou:

perdas de 0,18% na semana;
alta de 0,51% no mês; e
queda de 1,26% no ano.
O que está mexendo com os mercados
No cenário interno, o destaque desta quarta fica com a repercussão entre os investidores da elevação da nota de crédito do Brasil pela agência classificadora de riscos Moody's.

Nesta terça, a agência elevou a nota brasileira de Ba2 para Ba1, com perspectiva positiva, e colocou o Brasil a um passo do grau de investimento, um selo que classifica o país como um bom pagador e com baixo risco de calote.

A nota Ba1 ainda indica um grau especulativo. Ou seja, o país está menos vulnerável aos riscos no curto prazo, mas com incertezas importantes no radar.

No caso do Brasil, a melhora reflete, principalmente o crescimento mais expressivo do Produto Interno Bruto (PIB) — que avançou 1,4% no segundo trimestre, bem acima das expectativas — e reformas econômicas e fiscais recentes. Em contrapartida, o cenário fiscal ainda acende o alerta da Moody's.

Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, diz que, em um momento em que o mundo toda enfrenta problemas com dívidas altas, o Brasil "não é diferente disso".

"Há, sim, um problema de pressão fiscal na economia brasileira. O governo está gastando muito", diz Gala. "A Moody's reconhece a luta do Ministério da Fazenda para honrar o arcabouço fiscal, mas tem desafios que não são pequenos".

No entanto, reforça a visão de que as perspectivas são positivas para o país, o que pode levar a uma nova elevação da nota mais para frente, e que, entre os pares emergentes, a situação do Brasil gera mais confiança entre os investidores. "O país demanda cuidados, mas não tantos cuidados assim".

Nesse sentido, os últimos dados fiscais do país são desta segunda-feira, com o relatório de estatísticas fiscais do Banco Central do Brasil (BC).

As contas do setor público do país tiveram um déficit primário de R$ 21,4 bilhões em agosto. O déficit primário acontece quando as receitas com impostos ficam abaixo das despesas, desconsiderando os juros da dívida pública.

Apesar da leve alta entre julho e setembro, o resultado do mês representa uma melhora em relação ao mesmo período do ano passado, quando o déficit era maior, de R$ 22,8 bilhões.

O Governo Federal foi o único ente da pesquisa que teve um déficit, de R$ 22,3 bilhões. Os estados e municípios tiverem um superávit de R$ 435 milhões, enquanto as empresas estatais apresentaram superávit de R$ 469 milhões.

Já no acumulado do ano até aqui, as contas públicas apresentaram um resultado negativo de R$ 86,2 bilhões, o equivalente a 1,14% do PIB. Para 2024, a meta fiscal, fixada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é de um déficit de até R$ 13,31 bilhões.

Isso representa piora em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi registrado um déficit primário de R$ 79 bilhões, ou 1,11% do PIB.

Cenário externo
Os conflitos no Oriente Médio vivem mais um momento de acirramento, com o ataque do Irã a Israel.

Depois de quase um ano dos ataques do grupo terrorista Hamas aos israelenses, e de uma guerra que devastou a Palestina, o enfrentamento vinha escalando com a entrada do grupo extremista Hezbollah — que nasceu no Líbano, é financiado pelo Irã e aliado do Hamas.

Há uma semana, Israel vem bombardeando regiões do Líbano. Nesta terça-feira, lançou uma operação terrestre "limitada" contra alvos específicos do Hezbollah. A escalada dos ataques entre os dois lados começou após explosões em série de pagers e walkie-talkies de membros do grupo, que acusam Israel pelo ataque.

Após o ataque do Irã, os preços do barril de petróleo no mercado internacional dispararam 5%. A alta da cotação tende a beneficiar empresas exportadoras da commodity, como a Petrobras, que opera em forte alta nesta terça e ajuda a manter o Ibovespa no azul.

Por outro lado, aumento dos conflitos elevam o clima de incerteza entre os investidores, que tendem a migrar seus investimentos para o dólar. O movimento fortalece a moeda norte-americana frente ao real.

Hoje, o mercado também olha com atenção para mais um dado de emprego nos Estados Unidos. O relatório de ofertas de emprego JOLTS é uma pesquisa do Departamento do Trabalho americano que monitora e mede o número de empregos, demissões e novas vagas no país.

O país gerou 8,04 milhões de vagas em agosto, uma aceleração em relação aos 7,673 milhões registrados em julho e acima das projeções.

O analista de investimentos Vitor Miziara explica que, "como a inflação aparentemente está sob controle (nos Estados Unidos), o segundo ponto de atenção do FED é o mercado de trabalho para decidir sobre os próximos movimentos na taxa de juros".

A inflação oficial anual do país foi de 2,5% em setembro, bem próxima a meta de 2,00% do Fed. No entanto, um mercado de trabalho mais aquecido poderia colocar um freio no ciclo do Fed, já que mais empregos implicam em mais dinheiro na mão da população e maior pressão inflacionária.

Nesse sentido, Jerome Powell reforçou a a intenção da instituição em acompanhar de perto esses números e que não está "com pressa para cortar as taxas de juros".

"É importante observar, no entanto, que parece haver uma divisão sobre o ritmo adequado para o próximo corte de juros entre os demais membros do Comitê", destaca a XP Investimentos.
Por isso, o mercado segue acompanhando os dados a fim de tentar se antecipar aos próximos movimentos do Fed.

E numa semana marcada por diversas divulgações, o dado mais aguardado só chega na sexta-feira, com o relatório de empregos mais popular dos Estados Unidos, o payroll. A expectativa do mercado financeiro é que a taxa de desemprego tenha se mantido em 4,2% em setembro, com uma geração de 144 mil empregos não-agrícolas.